A pobreza, como toda criação humana é finita, cíclica, passageira e evoluiu do estado primitivo de sociedade, até chegar na modernidade e, como tal, teve sua aceleração potencializada no sistema neocapitalista.
O trabalhador social precisa de competência técnica para decifrar o fenômeno como obra humana. Mas, também, cada um de nós pode fazer sua parte, com o recurso que nos cabe. Se for dar a esmola, façamos com sabedoria, mas, se for com profissionalismo, aplique o conhecimento, como recurso técnico, pois, não precisamos de profissionais medíocres para lidar com a Questão social. Torna-se cada vez mais necessário, intelectuais capazes de produzir soluções inovadoras para os múltiplos problemas sociais, profissionais questionadores da gestão e política pública, em toda a estrutura do Estado.
O comprometimento é com a qualidade de vida do trabalhador, um governo responsável pela proteção eficaz dos direitos sociais.
A pobreza será resolvida em dois campos simultaneamente, mas, com certeza, com priorização: na gestão sustentável das necessidades básicas, como erradicação urgente da fome de 33 milhões de brasileiros e, também, como um símbolo de representação, justiça, equidade, mediação política e respeito a causa do desenvolvimento sustentável, podendo ser promovida por um indigenista nativo e um jornalista estrangeiro, materializando o ativismo político, ambiental, cultural, educacional, tudo que a insolidez do mundo de hoje precisa para ser um lugar melhor.
O Estado é responsável pela garantia do cidadão livre expressar seus dilemas, satisfações e frustrações e não compete a esta estrutura institucional, inventada pela sociedade, pautar a própria sociedade, mas, o contrário.
O cidadão precisa dar um basta a governança autocrática, irresponsável socialmente e, evidentemente comprometida com o projeto de manutenção da "pobreza zumbí", ignorante, impotente e iludida pelos fetiches capitalistas da sociedade homogênea, manipulável e mantenedora da "factory of poverty".
(*) A cultura do estrangeiro ser melhor que a nativa "fábrica de pobreza" que naturalizamos, como o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira na Amazônia.
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