A década de 1990 foi decisiva para o futuro que se vive na atualidade, quando se trata da sustentabilidade como expressão da Questão social, principalmente, pelo fato do Brasil no contexto global, possuir a maior reserva natural e a mais extensa floresta tropical do planeta, pelo número de espécies da biodiversidade. Pela sua importância ambiental para o futuro da humanidade, a Amazônia se tornou geopoliticamente estratégica em diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável, capaz de assegurar as condições objetivas da vida humana em suas múltiplas expressões, bem como, a exploração racional e consciente dos recursos naturais planetários. A sustentabilidade tornou-se nos últimos anos, o pilar central da existência humana em três pilares complementares, que John Elkington denominou de Triple Bottom Line (TBL) ou simplesmente o "Tripé da Sustentabilidade", envolvendo as dimensões ambiental, econômica e social.
A dimensão ambiental mede os impactos relacionados com a exploração dos recursos naturais empregados na cadeia produtiva, colocando em risco a fauna e flora em escala global. Também, está diretamente ligada a preservação da espécie animal e seu habitat natural, especialmente a humanidade. Considerando que o meio em que vive resulta da coexistência ecológica entre cada um de nós e o ambiente, a questão se desdobra para outras áreas da sociedade humana avançada, como os negócios em seus diferentes mecanismos de desenvolvimento do mercado, ou ainda, a perspectiva cultural que envolve a natureza das relações humanas no processo inventivo e de inovação, incluindo-se a tecnologia e seus mecanismos criativos que trouxeram a realidade invisível aos nossos olhos, a partir do ciberespaço, AI, nanotecnologia, neurociência cibernética, computação quântica, mas também, diminuíram o ciclo de vida dos produtos, sistema e processos produtivos, provocando impactos de consumo insustentáveis na modernidade.
A sustentabilidade social, por sua vez, vai além da própria definição como conjunto de ações voltadas para melhoria da qualidade de vida, o que impacta diretamente na redução das desigualdades sociais em escala internacional, integrando o crescimento econômico ao desenvolvimento econômico, no qual o indivíduo é o protagonista, portanto, o criador do capital intelectual, que soluciona "velhos" ou melhor, sendo justo com minha orientadora do meu doutorado e mestrado em serviço social, política social e movimento social, Carminha Brant de carvalho (PUCSP), "antigos e novos problemas", assim de forma inclusiva e resiliente.
Erradicar a pobreza é o objetivo da sustentabilidade social, como requer o primeiro dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ONU - Brasil), tornando-se o grande desafio para os próximos sete anos, considerando que a meta dos objetivos se encerra em 2030 e como os países desenvolvidos, que assumiram no Acordo de Paris, a potencializar um fundo de sustentabilidade para os países em condições de desenvolvimento humano, investindo o teto de 100 bilhões de dólares americanos a cada ano. "(...) nos termos do Artigo 9, parágrafo 3, do Acordo, os países desenvolvidos pretendem continuar a sua meta de mobilização coletiva existente até 2025 no contexto de ações de mitigação significativas e transparência sobre implementação; antes de 2025, a Conferência das Partes, na qualidade de reunião das Partes do Acordo de Paris, deve definir uma nova meta quantificada coletiva de um piso de US$ 100 bilhões por ano, tendo em conta as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento". A pobreza em suas múltiplas expressões enquanto carência material, como forma de assegurar a sustentabilidade social, significa possibilitar o acesso aos direitos e serviços básicos, que promovam a cidadania no âmbito local, com ampla expressão internacional.
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